26 de dezembro de 2008

Petição Obras do Túnel

Adaptação da obra: "A rapariga do poço da morte" de A. Fagundes







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post copiado de

http://bracarangustia.blogspot.com/2008/12/os-rapazes-do-presidente.html


Um Santo Natal


Acolher o Verbo, a Palavra de Deus que nasce

Um Santo Natal para todos

Campanha solidária encerra a 3 de Janeiro

Jovens cristãos de Esposende
levam “sorriso” a Cabo Verde

Texto: José António Carneiro

O grupo de jovens da paróquia de Vila Chã (Esposende) está a dinamizar, desde o princípio do mês de Dezembro, uma campanha que tem como intuito levar um sorriso a uma localidade de Cabo Verde. Com a designação “Um sorriso para São Domingos”, a campanha pretende prestar auxílio às povoações mais fragilizadas deste município cabo verdiano.
Esta campanha consiste, fundamentalmente, na angariação de fundos monetários, através da venda de rifas no valor de um euro, com a finalidade de sortear um cabaz.
A sinalização de São Domingos como localidade a apoiar foi feita pelo pároco e pelo seminarista de Vila Chã, respectivamente, Delfim Fernandes e o Paulo Sá, que no Verão passado realizaram lá uma missão solidária.
Entretanto, «na semana das missões foi projectado, antes da celebração eucarística, um filme demonstrativo das necessidades daquele povo. Foi assim que, tendo conhecimento deste projecto, o grupo de Jovens de Vila Chã decidiu unir-se para ajudar a que, algures no mundo, a muitos quilómetros de distância, alguém pudesse, neste Natal, ter um pouco mais daquilo que tanto nos sobra», lê-se num prospecto informativo da campanha.
Diga-se também que, em 2007, o mesmo grupo realizou a sua primeira campanha de Natal, essa destinada a uma aldeia de Timor-Leste.
Além disso, aqueles que quiserem podem fazer um donativo, através de transferência bancária para o NIB 0033.0000.4523.3538.5810.5, do banco Millennium BCP.
Para concluir esta acção de solidariedade social, vai decorrer no dia 3 de Janeiro próximo, a festa de encerramento desta campanha, no salão paroquial de Vila Chã, pelas 21h30. Este evento será animado com a ajuda de outros grupos de jovens do concelho que queiram responder positivamente ao convite dos organizadores. Mais uma vez, todas as receitas reverterão para a causa de São Domingos, em Cabo Verde.
O encerramento da campanha, segundo os organizadores, pretende reunir os vários grupos do concelho e provar que, «em tempos de crise, não há falência de esperança nem de boa vontade», referem os jovens de Vila Chã.

Semana de Estudos Teológicos incide em Paulo de Tarso

Auditório Vita, entre 28 e 30 de Janeiro
Texto: José António Carneiro

“Paulo de Tarso, quem és tu? O passado e o presente do Apóstolo das Nações” é o tema escolhido para a XVII Semana de Estudos Teológicos, organizada pela Faculdade de Teologia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa. A iniciativa que decorre pela primeira vez fora das instalações da faculdade, tem lugar entre os dias 28 e 30 de Janeiro, no Auditório Vita, do Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese de Braga.
As inscrições para esta iniciativa estão abertas até 18 de Janeiro. Além da Faculdade de Teologia colaboram nesta organização o Departamento Arquidiocesano para a Formação Permanente de Presbíteros, a Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia e a Revista Cenáculo.
Do programa estabelecido registe-se que, tal como estava anunciado, algumas das conferências e respectivos conferencistas repetem-se nas sessões de formação sobre São Paulo que acontecem em Lisboa, no dia 27 de Janeiro, e, no Porto, nos mesmo dias que em Braga.
Na “cidade dos Arcebispos”, o primeiro dia dos trabalhos é dedicado a “Paulo de Tarso e o seu tempo”. João Duque, director-adjunto da Faculdade de Teologia, profere a palavra de abertura, seguindo-se uma intervenção sobre “Paulo, antes e depois, Panorâmica dos contextos paulinos” por Carlos Arbiol, da Faculdade de Teologia da Universidade de Deusto (Bilbao)
José Tolentino de Mendonça, padre e professor em Lisboa, finaliza o primeiro dia com uma conferência intitulada “A palavra como auto-retrato”.
“Olhares contemporâneos sobre São Paulo” é o tema do segundo dia. Isabel Varanda, intervém neste dia 29, sobre “Como falar hoje da Morte e do Além? Ressonâncias paulinas”. Depois do intervalo, o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, aponta “Tópicos actuais de uma pastoral paulina”.
No último dia, 30 de Janeiro, Johan Konings, da Faculdade de Teologia de Belo Horizonte (Brasil), profere uma conferência sobre “Paulo e Jesus. Luz sobre uma questão fundamental” e a apresentação dos “Eixos maiores da teologia paulina”, por José Carlos Carvalho, da Faculdade de Teologia do Porto, encerra esta edição da Semana de Estudos Teológicos.
Na Faculdade de Teologia do Porto, as diferenças ao nível do programa são poucas. Destaque para o último dia que tem como tema “Saulo e Paulo: ruptura ou continuidade?” que conta com a presença do Bispo Auxiliar de Braga D. António Couto.

Frei Luís de Oliveira no encontro de Natal do Clero





Natal é tempo para ver Deus
presente no homem e no irmão

Texto: José António Carneiro
Foto: António Silva

O Natal é o tempo para ver Deus presente no homem e no irmão, valorizando as atitudes de acolhimento e proximidade que Jesus viveu em toda a sua vida e que os cristãos em geral são convidados a seguir e a imitar. Foi a partir desta premissa que Frei Luís de Oliveira se dirigiu ao Clero da Arquidiocese de Braga, ontem reunido no já tradicional encontro de Natal, que este ano contou com um pequeno concerto musical e com uma representação teatral.
O franciscano, que é secretário provincial e reside em Lisboa, orientou a sua reflexão a partir da bem aventurança da pureza de coração, não cingindo o seu significado à questão da moral sexual mas alargando-a à purificação e à conversão permanente a que são chamados todos os crentes. Esta purificação, disse, é a «atitude interior de limpar tudo aquilo que impede de ver com profundidade».
A partir da ideia bíblica de «coração puro» desafiou mais de uma centena de pessoas presentes a viver a coerência, a unidade, o equilíbrio, a autenticidade, a rectidão, a simplicidade, a honestidade e a integridade, sem esquecer o esforço sempre premente de reconhecer e aceitar os limites humanos.
Numa linguagem familiar e simples, o orador conseguiu prendeu a plateia com algumas afirmações e desafios práticos para uma melhor vivência do tempo de Natal que afirmou ser «a celebração do renascimento do humano com Jesus». Para este franciscano, mais que celebrar o nascimento do Deus Menino, o Natal deve ajudar cada um a perceber como todos os anos se pode renascer com Jesus.
Olhar o Natal a partir da vida e do ministério sacerdotal foi o objectivo perseguido por Frei Luís de Oliveira que reforçou a ideia segundo a qual «a presença de Deus santifica todos os lugares», mas o mais urgente de santificação é sempre o coração humano.

Padres devem
trabalhar auto-estima
Em diversos momentos da sua intervenção, este sacerdote que já trabalhou no Convento de Montariol, referiu-se à dimensão humana do padre desafiando os presentes a valorizarem a auto-estima e a auto-imagem de modo a enfrentar as dificuldades e as incompreensões que tantas vezes abalam os sacerdotes.
«A valorização da imagem própria ajudará ao desempenho da nossa missão e contribuirá para um melhor acolhimento dos outros», frisou
Em relação à humanidade do sacerdote afirmou: «Todos nos queremos apaixonar, ter uma paixão no sentido de ver reconhecida a nossa dignidade e o nosso real valor, sem vanglórias». E continuou: «Somos homens solteiros, mas não solteiros; somos celibatários não para viver em solidão, mas em comunhão».
Destacando este lado humano do sacerdote salientou que «o padre não é um funcionário de Deus nem de uma multinacional chamada Igreja Católica Apostólica Romana». Além do mais, é imperioso que os sacerdotes mantenham a sua auto-estima equilibrada, assim como garantam o equilíbrio entre o intelecto e o afecto.
A este respeito, mostrou a alegria em relação à maior atenção prestada ao nível da formação dos seminaristas, no que concerne à dimensão da afectividade. «Enfrentar as dificuldades em relação à sexualidade, sem moralismos nem pudor» foi, por isso, outro desafio deixado pelo franciscano.



Mais de uma centena reunida no Auditório Vita
Música e teatro animaram
encontro do Clero

O encontro de Natal do Clero decorreu ontem, no Auditório Vita, e reuniu mais de uma centena de elementos do presbitério de Braga. Música, teatro e um almoço natalício compuseram o programa estabelecido pelos organizadores, além da já referida intervenção de Frei Luís de Oliveira.
A partir das 9h30 começou a oração de Laudes, que teve a particularidade, desta vez, de ser acompanhada com violino e harpa.
Depois, os instrumentistas Flávio e Eleonor, respectivamente, brindaram os presentes com um pequeno concerto que terminou com a execução da tradicional canção “Adeste fideles” cantada por bispos, sacerdotes e diáconos presentes.
A começar a segunda parte do encontro, um grupo de alunos do Externato Paulo VI, de Braga, mostrou um Auto de Natal, da autoria da professora Flora Macedo e da irmã Laurinda Martins, que se apresentou como uma excelente actualização da mensagem bíblica sobre o Natal e que mereceu da plateia uma demorada salva de palmas.
Entretanto, o padre Luís Marinho, já a terminar, manifestou em nome de todo o presbitério os votos de boas festas ao Arcebispo Primaz e também a D. Eurico Dias Nogueira e D. António Couto que também marcaram presença.
«A melhor prenda que podemos dar aos nossos bispos é um clero reunido a caminho da união, crescendo a trabalhar junto», afirmou o pároco de São Martinho de Tibães.
Por sua vez, D. Jorge Ortiga encerrou o encontro manifestando satisfação pelo encontro dos sacerdotes da Arquidiocese.
Na linha da celebração do Ano Paulino e a partir de uma leitura que está a fazer, pediu aos presentes que apostem na inovação ao nível da vida espiritual, da vida de presbitério e da vida pastoral. Além disso, olhando o futuro com optimismo, exortou a que ninguém se feche em tradições e que «a celebração de Natal traga a força para caminhar em direcção a uma maior abertura ao tempo que Deus nos dá a viver», concluiu.
A terceira parte do encontro foi preenchida com um almoço natalício que decorreu nas instalações do Seminário Menor.

Arcebispo envia mensagem a doentes e idosos da diocese


Serviço de saúde mais humanizado
Texto e foto: José António Carneiro

Nas 551 paróquias de Braga, os doentes, os idosos e as pessoas que estão sozinhas podem contar com a proximidade e com a presença do Arcebispo Primaz, que reserva lugar no coração para estas pessoas.
Na visita pastoral a Nogueiró, D. Jorge Ortiga aproveitou a oportunidade para enviar a todas as pessoas que nestes dias estão mais fragilizadas e mais excluídas pela sociedade uma palavra de consolação e esperança, fundada na certeza de uma presença efectiva da Igreja nesses ambientes.
Tratando-se de uma visita pastoral, a uma paróquia onde existe uma casa de saúde mental e na qual o pároco é capelão do Hospital de São Marcos, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa falou da pastoral da saúde e da atenção que se deve ter para uma maior humanização dos serviços de saúde, quer público que privado.
Para a pobreza material a sociedade até vai olhando, principalmente nesta época natalícia com a realização de diversas campanhas de solidariedade, mas corre-se o risco de aqueles que estão doentes e sozinhos não serem tão bafejados por essa mesmas campanhas, denunciou.
Em relação a estes mais fragilizados e abandonados, D. Jorge Ortiga mostrou-se próximo e solícito e pediu que todos os agentes ligados à área da saúde mostrem essa mesma solicitude e atenção para com os doentes.
Na prática, o Arcebispo de Braga apelou a uma maior humanização do serviço de saúde e também a uma reestruturação da pastoral da saúde, de modo a que tudo seja feito para que nada falte, no momento oportuno, a estas pessoas.
O prelado afirmou, ainda, que gostaria de poder visitar todos os hospitais e estabelecimentos de saúde situados no território da Arquidiocese. Na impossibilidade de o fazer, enviou a todos os que lhes estão ligados, quer pessoal médico e auxiliar quer os próprios utentes e doentes, uma mensagem natalícia pautada pela proximidade e pela solicitude.
Para o Arcebispo, a época de Natal pode e deve ficar marcada por um reforço de campanhas que possibilitem uma maior atenção ao humano, na sua dimensão integral. «Há situações de debilidade, de solidão e de doença que não podem passar alheias quer à sociedade quer à Igreja», afirmou.
Sobre o trabalho da Igreja ao nível da assistência manifestou o desejo de ver cada dia concretizadas as obras de misericórdia. Os párocos deverão ser os primeiros nessa solicitude que pode, com certeza, ser cumprida por outros agentes de pastoral, concretamente pelos Ministros Extraordinários da Comunhão.

Visita pastoral a Nogueiró

Cristãos devem ser
templos da Palavra

Foto e Texto: José António Carneiro

O Arcebispo de Braga pediu que os cristãos sejam templos espirituais que acolhem Jesus e a sua palavra. Durante a Eucaristia de encerramento, na visita pastoral a Nogueiró, em Braga, D. Jorge Ortiga, crismou mais de duas dezenas de pessoas às quais deixou o desafio de, na festa de Natal que se aproxima, acolherem Jesus como o Verbo, a Palavra enviada por Deus.
Na homilia da celebração, a partir da primeira leitura da liturgia da Palavra do quarto domingo do Advento, D. Jorge Ortiga, disse que, felizmente, «há já muitos templos físicos e casas de Deus». No entanto, o que pode faltar – e falta mesmo – são templos espirituais ou seja, pessoas que sabem acolher e dar lugar a Deus na sua vida, defendeu.
Também a partir do exemplo de acolhimento que é Nossa Senhora – a figura central do Evangelho de ontem – o prelado desafiou os cristãos a uma atitude de serviço e de confiança em Deus.
Aos paroquianos presentes, D. Jorge Ortiga relembrou a necessidade da formação cristã permanente e da responsabilidade que têm na construção da Igreja.
Terminada a homilia, o Arcebispo de Braga ministrou o sacramento do Crisma a nove indivíduos do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Estes que receberam o terceiro sacramento da iniciação cristã prepararam um ofertório solene e uma encenação de acção de graças onde destacaram a ideia de que o Natal é a festa do nascimento de Jesus que é a Palavra enviada por Deus Pai ao mundo.
Antes de terminar a celebração, D. Jorge Ortiga, tal como em outras comunidades do arciprestado, entregou uma Bíblia a uma família da paróquia para que possa correr e passar pela casa de muitos paroquianos e «suscite mais amor nas famílias».
Já no adro da igreja, onde se realizou um pequeno convivo, o prelado soltou uma pomba que tinha sido levada ao altar, simbolizando o Espírito Santo, que desceu sobre os que receberam o sacramento do Crisma.
O padre Miguel Ângelo Costa, pároco de Nogueiró e Tenões, confirmou ao Diário do Minho que a visita pastoral do prelado contribuiu para unir e reunir a comunidade à volta da Palavra de Deus.
Sobre a comunidade paroquial disse que, felizmente, as pessoas aderem aos desafios lançados, mas em relação ao número de agentes de pastoral confessou que «mais pessoas fazem falta e são bem vindas».
Em relação a projectos e a infra-estruturas, o pároco disse que está a ser estudada a possibilidade de se construir uma capela mortuária junto à igreja paroquial.
Também junto da capela de Nossa Senhora da Consolação vão decorrer obras ao nível da recuperação e melhoramentos do adro e zona envolvente. Além disso, segundo o sacerdote, a Junta de Freguesia local tem um projecto para a construção de habitações sociais junto àquele espaço de culto.
O padre Miguel Ângelo Costa, que é também capelão do Hospital de São Marcos, falou ainda da dificuldade ao nível da zona pastoral que se prende com o facto de em muitos colégios haver catequese impedindo, de certa forma, uma identificação das crianças e das famílias com a respectiva comunidade. «Temos sentido essa dificuldade nas reuniões de zona», disse, ressalvando que também a proximidade com Braga leva a uma certa diluição da missão da zona pastoral e do próprio arciprestado.

Câmara de Braga "fez campanha" em Padim da Graça

Inauguração incluiu obras finalizadas há alguns anos
Padim da Graça inaugurou
restauro do adro da igreja

Foto e Texto: José António Carneiro

A freguesia de Padim da Graça assistiu ontem, finalmente, à bênção e inauguração das obras de beneficiação e melhoramento do espaço envolvente à igreja paroquial. O projecto demorou cerca de 11 anos a concluir por falta de verbas e só agora, numa conjugação de esforços entre paróquia, junta de freguesia e Câmara de Braga, foi possível finalizar uma obra que beneficia a população em geral.
O acto de bênção e inauguração contou com a presença de Mesquita Machado e do Vigário Geral da Arquidiocese, cónego Valdemar Gonçalves. Além destes, também as vereadoras Palmira Maciel e Ana Paula Morais, o chefe de gabinete do presidente da Câmara, Alfredo Cardoso, o actual pároco de Padim da Graça, padre José Figueiredo de Sousa, e o executivo local marcaram presença neste acontecimento.
Na cerimónia da bênção, o cónego Valdemar Gonçalves – em representação do Arcebispo de Braga que à mesma hora realizava uma visita à paróquia de São Pedro d’Este – salientou a união de esforço para a conclusão do projecto que beneficia a população em geral.
Depois, no fundo da avenida de acesso à igreja paroquial, foi descerrada uma lápide evocativa da inauguração das obras.
Aqui, o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Semelhe, afirmou a conclusão desta obra vem confirmar a famosa frase de Fernando Pessoa (“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”) uma vez que apesar das dificuldades económicas foi possível concluir o projecto.
O responsável da autarquia local disse também que a qualidade da obra realizada pode assemelhar-se a muitas obras realizadas na cidade de Braga, facto com o qual Mesquita Machado, na sua intervenção sequente, discordou.
O edil, por seu lado, salientou que as obras em localidades rurais – como as que foram ontem inauguradas – devem conseguir manter a traça da ruralidade. Destacando o investimento realizado – cerca de 500 mil euros – Mesquita Machado congratulou-se com o facto de a obra ser inteiramente da freguesia. Como referiu, a Junta foi a responsável da obra e a execução pertenceu também a uma empresa de Padim da Graça.
A obra constou de arranjos ao nível da zona envolvente da igreja, acesso ao cemitério e avenida de acesso à igreja paroquial. O cruzeiro foi também colocado no início da rua que conduz ao templo, local onde já esteve no passado.
Ao que o Diário do Minho apurou junto de populares, do conjunto de obras ontem inaugurado, apenas o acesso que vai do adro para o cemitério e a colocação de bancos de jardim e iluminação exterior no mesmo espaço foram realizadas recentemente. O parque de estacionamento que é da paróquia nem sequer foi visitado pelos políticos (porque será?).
A avenida que dá acesso para a igreja foi alargada há cerca de três anos, tal como a colocação do cruzeiro no novo lugar embora tenham sido integradas nesta empreitada e inauguradas agora.
Antes da cerimónia da bênção e inauguração do novo espaço, o cónego Valdemar Gonçalves presidiu a uma celebração eucarística inserida na festa de Natal dos idosos da freguesia.

D. Jorge Ortiga presidiu missa de Natal da UCP

“Católica” tem papel fundamental
na actual missão evangelizadora

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) tem um papel fundamental e uma responsabilidade acrescida na actual missão da evangelização. O Arcebispo de Braga falava assim na missa de Natal daquela instituição de ensino superior, que decorreu ontem, pelo meio-dia, na capela da Faculdade de Teologia, em Braga.
Destacando que a celebração natalícia que se aproxima a passos largos merece da parte de todos os cristãos um empenhamento, D. Jorge Ortiga salientou que a “Católica” – concretamente as pessoas que a constituem – se deve comprometer em anunciar à sociedade e ao mundo que «Cristo continua a ser o único salvador do homem». A cerca de uma centena de alunos, professores e funcionários presentes – as faltas estavam justificadas para quem participasse na celebração – o prelado disse que quer que a UCP seja cada vez mais agente de evangelização, nos mais variados âmbitos da vida social.
Para esse comprometimento, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) entende ser necessário que o programa formativo da universidade proporcione um «verdadeiro encontro com Cristo». Só dessa forma, segundo o prelado, é possível promover e formar mais anunciadores e colaboradores para a missão de evangelização da Igreja.
Daí que, a UCP, enquanto instituição ligada à Igreja, deva mostrar «Cristo ao mundo como salvador e como razão de vida».
Na homilia da celebração, o Arcebispo de Braga exortou a que seja feito um sério exame de consciência sobre o modo como a “Católica” vai desempenhando dia-a-dia a sua missão. É imperioso que «cada um se interrogue sobre o contributo que poderá dar à Igreja para que ela não se anuncie a si mesma, mas a Cristo», disse D. Jorge Ortiga.
Sobre o mundo moderno, o prelado disse que é urgente «olhar os seus problemas» e ir servindo a humanidade que é dada a viver a cada pessoa.
A partir da celebração do ano paulino, D. Jorge Ortiga pediu aos presentes que este Natal de 2008 seja vivido no signo de São Paulo. «O Natal pode, por um lado, ser apenas uma repetição anual, mas pode, por outro, ter uma particularidade e, este ano, essa poderia passar por dar um rosto paulino ao Natal», afirmou.
Nesta linha, e salientando a acção evangelizadora de Paulo, o Arcebispo Primaz destacou a permanente atenção do Apóstolo em preparar cooperadores e auxiliadores para o desempenho da missão. Também a Arquidiocese está apostada na preparação e na formação de agentes de pastoral e, nesse sentido, os Encontros com São Paulo – a decorrer em quatro centros distintos – são para o prelado boas oportunidades que não podem ser desperdiçadas.
A Arquidiocese de Braga, segundo o seu responsável máximo, tem inclusivamente vindo a pensar na criação de uma rede de cooperadores pastorais e evangelizadores.
A festa de Natal da UCP de Braga contou também com uma ceia de Natal que decorreu pelas 20h00 nas instalações do Seminário de Nossa Senhora da Conceição (Seminário Menor). Durante o jantar que reuniu mais de uma centena de presentes, houve variada animação recreativa.

“10 milhões de estrelas” bate rocorde

Mais de 23 mil velas vendidas
pela Cáritas Arquidiocesana

Texto: José António Carneiro

A Cáritas Arquidiocesana vendeu, até ao momento, mais de 23 mil velas, no âmbito da campanha “10 milhões de estrelas”, um número que satisfaz os organizadores já que é indicativo da solidariedade dos bracarenses, apesar da crise que vai dificultando as finanças das famílias portuguesas, em geral, e do Norte, em particular.
Segundo Eva Ferreira, da Cáritas de Braga, o aumento das vendas é significativo já que no ano passado a fasquia ficou pelas 18 mil vendas. A juntar às 23 mil velas deste ano já vendidas colocam-se mais três mil, entretanto pedidas à Cáritas de Lisboa.
Uma das inovações desta campanha de solidariedade, tem a ver com o facto de, em Braga, se ter alargado os locais de venda ao público. Este ano, os organizadores conseguiram a colaboração de escolas, colégios e outras instituições de ensino, assim como de movimentos juvenis, como os escuteiros e, também, de empresas da região (Aki e Continente).
Na Avenida Central, em Braga, está localizada a habitual “Tenda da Paz” onde as pessoas podem comprar as velas para acender na noite de consoada e, também, para receber mais informações sobre a campanha “10 milhões de estrelas”, que começou em todo o país no passado sábado.
Sobre a noite de 24 de Dezembro, Eva Ferreira diz que é importante as pessoas que aderiram à campanha e compraram velas as acendam e coloquem nas janelas das suas casas, para se cumprirem os objectivos da campanha.

Apoiar Refeitório Social
e pigmeus de Mongoumba
Eva Ferreira disse ao Diário do Minho que, como habitual, a campanha tem duas finalidades. Por um lado, apoiar projectos da própria Cáritas Arquidiocesana e, por outro, contribuir para um projecto sinalizado a nível nacional ou internacional.
Para este segundo, a Cáritas dispensa 30 por cento das receitas da campanha. Este ano, para assinalar a celebração do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, este apoio vai promover a integração de pigmeus de Mongoumba, uma população minoritária da República Centro Africana. Concretamente, destina-se a projectos sociais nos âmbitos da educação e da saúde.
A restante percentagem, 70 por cento, vai sem empregue no Refeitório Social da Cáritas de Braga. Este serviço apoia cerca de 35 pessoas da cidade, com refeições de segunda a sexta-feira. Estes beneficiados são pessoas sinalizadas pela Cáritas que têm problemas de exclusão, baixo rendimento, doença, entre outros.

Colégio João Paulo II entregou prendas

O Colégio João Paulo II fez ontem a entrega simbólica de material de puericultura a duas instituições de solidariedade da cidade de Braga. Numa Eucaristia, na igreja paroquial de Dume, os alunos deste estabelecimento levaram ao altar, no momento da apresentação dos dons, uma representação do material que será oferecido à Associação de Paralisia Cerebral de Braga (APCB) e à Cáritas Arquidiocesana.
A celebração serviu para assinalar, por um lado, o encerramento do primeiro trimestre das aulas e, também, da catequese e, por outro, para apresentar este material recolhido junto da comunidade educativa, numa iniciativa intitulada “Vamos aquecer o Menino”.
Maria Helena Gonçalves, directora do colégio, disse ao Diário do Minho que a resposta à campanha de solidariedade social foi «muito generosa», quer pelos alunos quer pelos pais.
Num texto lido durante o ofertório, a responsável salientou que a iniciativa quis possibilitar «que seja Natal e não Dezembro», «que se acenda um presépio no mundo» e «que se acenda um presépio nos olhos de todas as crianças».
Da parte do colégio, ficou ressalvado o compromisso de contribuir para que «o Natal e a consoada sejam uma festa universal» .
Já Marta Figueiredo, em representação da APCB, agradeceu a iniciativa e manifestou que a instituição se sente «honrada» pelo afecto e pelo gesto solidário do Colégio João Paulo II.
Presidida pelo pároco de Dume, a Eucaristia serviu para celebrar, antecipadamente, o Natal. «Queremos agradecer ao Menino Jesus tudo aquilo de bom que recebemos ao longos deste primeiro período escolar», afirmou o padre Armindo Ribeiro Alves.

D. Jorge Ortiga em Nogueiró

Igreja está presente nos lugares
onde se ama e serve os irmãos

Texto e foto: José António Carneiro

«A Igreja está presente em todos os lugares onde se ama e serve os irmãos», disse D. Jorge Ortiga durante a visita à Casa de Saúde do Bom Jesus. O Arcebispo de Braga começou ontem a visita pastoral à paróquia de Nogueiró, precisamente, com uma Eucaristia naquela instituição, que assinalou também a celebração natalícia dos colaboradores da casa de saúde que celebrou, recentemente, 75 anos de existência.
Na homilia, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) começou por agradecer às Irmãs Hospitaleiras que «vivem plenamente a lei soberana da hospitalidade, do acolhimento e do serviço». No agradecimento àquela comunidade religiosa, D. Jorge Ortiga englobou todo o pessoal que trabalha na instituição, desde os médicos, enfermeiros, auxiliares, voluntários e funcionários em geral.
Por se tratar de um trabalho, muitas vezes, «escondido» e «desconhecido da sociedade», o Arcebispo de Braga destacou, ainda mais, o seu valor. Todavia, realçou que «a Igreja reconhece esse trabalho», que tem a marca do amor de Deus por todos os humanos.
Neste sentido, e a partir da primeira leitura da missa, pediu aos presentes que vejam em Jesus Cristo a melhor recompensa e o melhor prémio. «Jesus é esse menino pobre e simples mas que grita a todos a felicidade de viver», frisou.
Depois de enaltecer o trabalho realizado em prol dos utentes da casa, denunciou um tipo de sociedade «rotulada pela depressão». E, a par disso, desafiou a que a Casa de Saúde do Bom Jesus continue a realizar e a prestar um bom serviço à sociedade em geral.
A certo momento o prelado afirmou que «se os cristãos fossem capazes de ver em todos os homens a presença viva de Cristo e não fizessem qualquer acepção de pessoas na realização do bem, com certeza, o mundo seria diferente para melhor daquilo que é hoje em dia».
Na projecto de construção de um mundo melhor, é fundamental, no entender de D. Jorge Ortiga, que se usem os mesmos sentimentos que Cristo usava, especialmente o amor e a dedicação sem limites.
O Arcebispo de Braga, acompanhado pelo pároco de Nogueiró, padre Miguel Ângelo Costa, e pelo capelão da instituição, padre Luís Miguel Rodrigues, defendeu ainda que todas as áreas do trabalho humano precisam de uma «dose certa de amor» que, como o sal que se não vê na confecção alimentar, cumpre a sua missão. No cumprimento do dever diário, o prelado pediu que os colaboradores e funcionários da casa usem o profissionalismo aliado ao amor.
Esta visita de D. Jorge Ortiga está inserida no programa mais alargado da visita pastoral à paróquia de Nogueiró. Ontem, o prelado realizou uma série de visitas naquela comunidade.
No sábado, é a vez da catequese paroquial receber o responsável da Arquidiocese e, no domingo, na missa de encerramento, D. Jorge Ortiga ministra o Sacramento da confirmação a mais de duas dezenas de jovens.
Em declarações ao Diário do Minho, a superiora da comunidade religiosa das Irmãs Hospitaleiras disse que esta visita do Arcebispo é importante porque manifesta a ligação à igreja local. Além disso, fez com que a Casa de Saúde de Nogueiró aderisse a várias dinâmicas relacionadas com a Palavra de Deus, num triénio pastoral dedicado à Bíblia.
A celebração do Natal dos colaboradores da instituição começou com a leitura da mensagem enviada pela Superiora Geral, a todos os colaboradores da Província portuguesa.

Colóquio na FacFil a 16 e 17 de Outubro de 2009

Faculdade de Filosofia vai homenagear
antigos mestres da Escola de Braga

Texto: José António Carneiro
Foto: Avelino Lima

A Faculdade de Filosofia (FacFil) vai homenagear os antigos mestres ligados à escola de pensamento de Braga com a realização do colóquio “A Escola de Braga e a Formação Humanística – Tradição e Inovação”. A iniciativa agendada para os dias 16 e 17 de Outubro de 2009 é organizada pelo Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da FacFil e pela Associação dos Antigos Alunos Faculdade de Filosofia de Braga (AAAFFB) da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Na conferência de imprensa realizada ontem, o coordenador da comissão organizadora, José Gama, afirmou que o objectivo central do colóquio passa por «responder à necessidade urgente de repensar e aprofundar o sentido do humanismo» presente na formação transmitida pela FacFil desde a sua fundação em 1947.
Este objectivo desdobra-se em mais dois: por um lado, contribuir para a reflexão e discussão pública sobre a «actual situação que se vive em Portugal» ao nível da «desvalorização da formação humanística e filosófica nas escolas» e, por outro, prestar «uma merecida homenagem a todos os mestres das Escola de Braga».
Em relação à «progressiva desvalorização das humanidades no quadro da formação em geral» os organizadores destacam que a filosofia constitui «uma parte decisiva na formação da personalidade das pessoas e dos cidadãos».
No texto de apresentação do colóquio refere-se que «a Escola de Braga tem um significado muito preciso, dentro do panorama do pensamento português desde meados do século XX» e está «identificada com a Faculdade de Filosofia».
Para a iniciativa, a organização conta, para já, com dez conferencistas para outras tantas conferências. Assim, estão já previstas intervenções de Roque Cabral, Amadeu Torres, Margarida Miranda, Pedro Calafate, Ricardo Vélez Rodríguez, Manuel Ferreira Patrício, António Braz Teixeira, Acílio Rocha, Mário Garcia e Augusto Hortal.
Os temas a apresentar são, respectivamente, “A matriz inspiradora da Escola de Braga”, “A Escola de Braga e os estudos literários”, “A Escola de Braga na tradição humanística”, “A Escola de Braga na tradição humanística portuguesa”, “A Escola de Braga no contexto do pensamento filosófico português contemporâneo”, “A Escola de Braga no contexto do pensamento filosófico luso-brasileiro”, “A Escola de Braga no contexto do pensamento pedagógico português contemporâneo”, “A Escola de Braga e a renovação filosófica contemporânea em Portugal”, “A Escola de Braga e os seus mestres em Filosofia”, “A Escola de Braga e os seus mestres em Humanidades” e “A Escola de Braga e a importância da formação humanística na Europa do futuro”.
A comissão científica é composta por docentes da UCP, da Universidade do Minho (UM), da Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa, Universidade de Évora, Universidade de Aveiro, Universidade Nova de Lisboa, Universidade Lusíada, Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Brasil).
Da comissão de honra fazem parte o Arcebispo Primaz, o Reitor da UCP, o Reitor da UM, o Provincial da Companhia de Jesus, o Director da FacFil, o presidente da Câmara Municipal e o governador civil de Braga, a Associação Industrial do Minho, a Associação Comercial de Braga, o presidente da AAAFFB e ainda os docentes Roque Cabral e Manuel Moraes.

Recepção de comunicações
Para já, até ao dia 10 de Março, a comissão organizadora tem abertas as inscrições para a apresentação de comunicações sobre os tópicos relacionados com a Escola de Braga nas áreas de: Filosofia: metafísica/teodiceia, ética, psicologia e ciências; Humanidades: literatura e cultura clássicas, literatura e cultura portuguesas; Pedagogia e intervenção profissional; Memória dos Mestres – estudos e testemunhos: António Durão, Paulo Durão, Cassiano Abranches, Diamantino Martins, Júlio Fragata, J. Bacelar e Oliveira, João Mendes, António Freire, Vitorino de Sousa Alves, A. Soares Pinheiro, Manuel Simões e Lúcio Craveiro da Silva.
Os resumos destas comunicações deverão ser enviados para escoladebraga@braga.ucp.pt.

Matriz para outras associações
O presidente AAAFFB aproveitou a conferência para apontar algumas iniciativas e anseios da associação. Antes de mais, José Guedes deseja que todos os antigos alunos que passaram pela FacFil sejam amigos da instituição. Além disso, apontou os esforços que estão a fazer com a reitoria da “Católica” para a constituição de uma Associação de Antigos Alunos da universidade.
«Queremos ser a matriz de outras associações de antigos alunos», frisou José Guedes destacando algumas iniciativas para este ano lectivo, concretamente, a actualização da página da associação na internet e a angariação de novos sócios.

Multiplicar esforços conjuntos

Não chocarei ninguém se disser que o trabalho ao nível da assistência social esteve, está e continua a estar maioritariamente concentrado nas mãos da Igreja. Por si mesmo, isto não pode comportar da parte do Estado – como garante do bem comum – um alheamento dos problemas sociais que afligem as pessoas.
É, por isso, imperativo, nos tempos que correm, Igreja e Estado encontrarem sempre formas novas de buscar uma resposta social mais pertinente e mais pró-activa. Considero indiscutível que não basta matar a fome por um dia a um pobre ou necessitado, mas é preciso atacar a situação.
Sei que é fundamental o trabalho primário que se faz ao nível do “dar de comer a quem tem fome”, mas acho que não chega. É preciso ir mais longe, mais fundo, às causas, às raízes. E, é por isso que considero prioritário um esforço de sintonia, de sinergia, de dar as mãos para atacar os verdadeiros problemas que vão “matando” aos poucos tantos portugueses.
Foi notícia há poucos dias o encontro do Arcebispo de Braga e do governador civil onde se manifestou sintonia de ambas as partes na resolução de problemas sociais na Região, que apesar do quadro negro, ainda se descortinam luzes de esperança ao fundo do túnel.
Mas, não consigo perceber o porquê de uma multiplicação de estruturas e plataformas que, bem vistas as coisas, andam em prossecução dos mesmos objectivos.
Falo do facto de, recentemente, ter surgido em Braga uma plataforma composta por instituições para a qual a Igreja não foi convidada, mas falo também do facto de a Igreja ter anunciado a criação de uma plataforma social para 2009.
Falo do facto de ser cada vez mais urgente um trabalho em rede, em colaboração e parceria, com cruzamentos de informações. E parece-me que isso não acontece como deveria.
Claro que muitos pobres e sem-abrigo agradecem o facto de poderem comer várias refeições durante o mesmo dia, mas tenho a certeza que desta forma estaremos a perpetuar um problema que precisa de ser atacado na raiz.
A minha modesta sugestão: em vez de se multiplicar esforços individuais, multipliquemos esforços conjuntos, de comunhão, na tentativa de buscar sempre um mundo melhor e mais justo.

Carta para uma Cultura de Respeito pela Vida

Associação Famílias exige
respeito pela vida humana

Texto e foto: José António Carneiro

A Associação Famílias apresentou ontem de manhã, em Braga, uma Proposta de Carta para uma Cultura de Respeito pela Vida por meio da qual exige mais respeito pela dignidade da pessoa humana.
O novo documento que é da responsabilidade do Instituto Internacional “Familiaris Consortio” (IIFC) pretende, também, contribuir para um maior conhecimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, produzida na sequência da II Guerra Mundial e que assinalou ontem 60 anos de existência.
Na conferência de imprensa, na sede na Associação Famílias, Carlos Aguiar Gomes fez uma apresentação global da carta alertando para diversas situações nas quais, actualmente, os direitos humanos continuam a ser ignorados e desrespeitados. O presidente da associação destacou alguns dos 10 números que compõem a carta editada em quatro línguas – alemão, francês, inglês e português – e apresentada em diversos países por meio do IIFC.
Em concreto, o documento, dirigido a toda a comunidade humana, condena todas as tentativas de selecção eugenista, experiências sobre e com embriões humanos, clonagem e hibridação de gâmetas humanos com gâmetas de outras espécies. Também a eutanásia, o suicídio assistido e a pena de morte não escapam à critica do documento apresentado ontem.
Num momento histórico, marcado por uma crise económica mundial, os autores da Carta para uma Cultura de Respeito pela Vida não deixam de lado o problema da fome e todas as formas de pobreza considerando-as «intoleráveis». A este respeito, Carlos Aguiar Gomes lamentou que em Portugal existam, nos dias de hoje, cerca de dois milhões de pobres, com tendência para o número aumentar.
A ecologia e os problemas ligados ao equilíbrio da natureza estão igualmente referidos nos pontos que compõem o documento, assim como a necessidade urgente de o Estado criar as condições desejáveis e necessárias para que os cidadãos possam ter direito a cuidados paliativos e a apoios domiciliários na fase final da vida humana.
O presidente da Associação Famílias disse, na palavra introdutória, que «infelizmente as agressões aos direitos humanos continuam» e denunciou algumas dessas formas de ataque: umas são «destacadas, descaradas e publicamente assumidas», ao passo que outras são «veladas e apresentadas como consequência e sinal do progresso de um mundo pós moderno».
E acrescentou: «tome-se como exemplo a “limpeza” eugénica que está a ser feita diariamente com o apoio e concordância dos diferentes poderes políticos, se não mesmo com a imposição deste».
Como resposta a esta situação, a Associação Famílias não se calará nem deixará de exercer o seu direito de denúncia. «Condenamos a eugenia nazi com a mesma veemência face à que hoje se pratica com meios muito mais sofisticados de muitos centros hospitalares». E prosseguiu: «todo o atentado à dignidade de toda e qualquer pessoa, a começar pelo seu direito natural e profundo a viver, merece a nossa mais viva repulsa».
Entretanto, Carlos Aguiar Gomes salientou alguns sinais positivos na defesa dos direitos humanos dados, por exemplo, pelo presidente do Paraguai – o antigo bispo católico Fernando Lugo – que vetou a lei do aborto e, também, a recusa do grão-duque do Luxemburgo em avalizar uma lei que legaliza a eutanásia, ainda correndo o risco de ver reduzidas as prerrogativas de soberano.
Segundo Carlos Aguiar Gomes a Proposta mereceu a análise e comentários de diversas personalidades de reconhecido mérito e competências na matéria e já foi enviada às diversas autoridades políticas e religiosas entre os quais, todos os líderes parlamentares e os Bispos de Portugal.
O documento estará disponível na internet, na página da Associação Famílias (www.a-familias.org), ou na sede da organização (Rua de Guadalupe, n.º 73, 4710-298 Braga). Diga-se, por fim, que a capa da edição portuguesa consta de uma ilustração da autoria de uma menina de sete anos.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...