27 de fevereiro de 2010

Ideias Partilhadas na Homilia do II Domingo da Quaresma:


Evangelho: Transfiguração de Jesus
1. Texto não é uma crónica jornalística
2. É uma catequese sobre Jesus que revela e apresenta Este como o Filho amado de Deus que vai concretizar o plano salvador em favor dos homens através do dom da própria vida, da entrega total por amor.
3. Olhemos mais o texto: A transfiguração acontece antes da subida para Jerusalém, o lugar da entrega. Como que a dizer que a glória da transfiguração precisa de passar pelo sofrimento e pela Cruz para chegar à ressurreição.

4. Olhemos as muitas referências ao A.T.:
a. “Monte” – é o lugar da revelação de Deus. É o intermédio entre a terra e o céu. É o lugar do diálogo com Deus.

b. “Mudança de rosto e das vestes” – recordam e evocam o resplendor de Moisés ao descer do Sinai onde recebeu os Mandamentos da lei.

c. “Nuvem” – é sempre indicativa da presença de Deus, que caminha com o povo, pelo deserto, e o guia.

d. “Moisés e Elias” – representam a Lei e os Profetas. Segundo a teologia judaica, estes deveriam aparecer no “dia do Senhor”. Falam da morte de Jesus como “êxodo” (partida, passagem) que se concretiza em Jerusalém. A morte de Jesus é uma morte libertadora, redentora.

e. “Sono” – é simbólico. Pretende dizer que os discípulos – Pedro, Tiago e João representam os demais – não querem entender que a glória do Messias tenha de passar pelo sofrimento e pela cruz.

f. “Tendas” – é uma alusão à Festa das Tendas comemorativa do êxodo do Povo hebreu, que na caminhada do deserto habitava em tendas e onde havia a tenda de Deus, a tenda do encontro. Significa que os discípulos querem perpetuar este momento de glória sem que Cristo tenha de passar pela cruz.
5. Mensagem central: Jesus é o Filho amado do Pai que oferece gratuitamente a salvação a todos os homens por meio da sua entrega no alto da cruz, por amor e de uma vez para sempre.

6. A transfiguração é assim a prefiguração da ressurreição de Jesus, e também da nossa, como vitória sobre a morte.

Primeira leitura: Gn 15.

Abraão – modelo dos que acreditam. Pais dos crentes.
Confiou plenamente nas promessas de Deus.
Apesar de velho, sem filhos, sem terra… mesmo assim confia na promessa de Javé.

Até que ponto eu confio em Deus?
Mesmo no meio das tempestades, dos terramotos e dos sismos no Haiti ou no Chile, dos aluviões e das derrocadas na Ilha da Madeira, dos tornados e dos mini-tornados um pouco por todo o mundo ou até do vendaval que nos invade por estes dias… apesar de tudo consigo pôr a minha confiança e a minha esperança no Senhor?
Ele é mesmo a minha luz e a minha salvação?
Segunda leitura: Fil 3

Paulo quer dizer aos Filipenses e hoje a cada um de nós que a nossa caminhada rumo a Cristo não está terminada. É um processo construído dia a dia e é feito de intimidade, de oração e de uma maior conformação com Cristo.
Paulo acentua que para isso é necessário mudar, transformar, transfigurar e converter o coração. O exterior importa muito menos que o interior. Deus vê o interior, olha o coração.
Estou disposto a aceitar transformar o meu coração, rumo à vida nova de Deus, que Cristo nos alcança pela sua transfiguração plena que é a ressurreição?

Continuemos irmãos o nosso caminho nesta Quaresma que é a estrada de Luz e de Jesus, ao encontro do Pai, onde nos encontraremos todos transfigurados e ressuscitados.

Diác. José António
27.02.2010

II Domingo da Quaresma: Poema Para Partilhar


Recomeça, se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez te reconheças.

«Sísifo», Miguel Torga

26 de fevereiro de 2010

10. º dia da Quaresma: Faz-me viver perdoando


A caminhada continua, a saga de recentrarmos a nossa vida em Deus não pára. Nunca podemos parar. Parar é morrer.

 Bem, mas a Quaresma conduz-nos à morte. Explico: o tempo quaresmal deve ajudar a fazer morrer na nossa vida o pecado. O pecado deve sempre morrer para nós podermos viver.
"Se o pecador se arrepender de todas as faltas que cometeu, se observar todos os mandamentos e praticar o direito e a justiça, certamente viverá e não morrerá" (Ez 18).

É Ezequiel quem o diz porque Deus assim o quer.

Quaresma é oportunidade para aprofundarmos a nossa relação de intimidade com Cristo. É tempo de olharmos na vertical - para Deus - e na horizontal - para os irmãos. "Se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário".

Não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar as oportunidades que Deus nos concede. Deus não quer a morte do pecador mas que ele se converta  viva. Sintamos a urgência da conversão da nossa vida e que esta se traduza em atitudes de perdão.




A minha vida, conTigo, enche-se de alegria
Pois arrancas a minha mesquinhez
Curas o meu pecado
E dás-me um coração novo
Humilhado e contrito.

Convidas-me a perdoar
E limpas o meu ódio e indiferença
Que me fazer quebrar as relações.

Faz-me viver perdoando
Na certeza de que o meu perdão aos outros
É sempre menor que o Teu perdão para mim.

Ajuda-me a ser tolerante
A não excluir ninguém
E a gerar um novo mundo
Pautado pela fraternidade.

Amanhã, 11.º dia, reflectimos com a Utilia 

E depois sucessivamente:

12ºdia. Mar com sabor a canela http://marcomcanela.blogspot.com/
13º dia. O que é a verdade http://queeaverdade.blogspot.com/
14º dia. Nova Civilização http://giselepontes.blogspot.com/
15ºdia.Partilhasemfamenor http://partilhas-em-fa-m.blogspot.com/
16º dia. Degrau de silêncio http://degraudesilencio.blogspot.com/
17º dia. Teresa desabafos http://teresa-desabafos.blogspot.com/
18º dia. A Capela http://a-capela.blogspot.com/

23 de fevereiro de 2010

Deserto


«Baptizado com o Espírito Santo, e declarado por Deus «o Filho meu», «o Amado» (Lc 3,21-22), Jesus é conduzido pelo Espírito Santo através do deserto (Lc 4,1), lugar teológico e não meramente geográfico – com muita água (Jo 3,23) cumprindo Is 35,6-7, 41,18 e 43,19-20, com árvores (canas) (Lc 7,24) e relva verde (Mc 6,39) cumprindo Is 35,1 e 7 e 41,19 –, lugar provisório e preliminar, preambular, longe do que é nosso, onde se está «a céu aberto» com Deus, onde troará a voz do seu mensageiro (Is 40,3), de João Baptista (Lc 3,2-6), do próprio Messias segundo uma tradição judaica recolhida em Mt 24,26.
O deserto é o lugar onde se pode começar a ver a «obra» nova de Deus (Is 43,19). Sendo um lugar provisório, aponta para a Terra Prometida e definitiva do repouso.
O deserto é lugar de passagem. Sem pontos de referência nem marcos de sinalização. Se o rumo não estiver bem definido, o viandante corre o risco de se perder no deserto da vida e de nunca chegar à Vida verdadeira.»

D. António Couto

O que me falta?


Senhor,
que me falta ainda
para Te seguir de verdade?



Ensinas-me a absolutizar o teu Reino
E a relativizar as coisas supérfluas.


Tanta coisa me impede de Te seguir:
Diz-me sempre o que tenho de deixar.


Quero seguir-te de verdade e com verdade.


A recompensa por isso?

Não importa!
Bastas-me Tu,
O teu amor.


Cf. Mt 19, 16-30
JAC

18 de fevereiro de 2010

Homilia que partilhei na Quarta-feira de Cinzas

1. Começamos hoje o tempo litúrgico da Quaresma que coloca o acento e nos coloca a nós naquilo que é essencial: colocar o nosso coração em Deus.
A Quaresma surge como uma oportunidade dada por Deus, como graça, para fazermos caminho, a fim de não nos acomodarmos às nossas coisas, aos nossos umbigos, às nossas vidas.
É, por isso mesmo, tempo de deixar de lado o egoísmo e tempo para passarmos a ser mais teocêntricos e cristocêntricos.

2. Além disso, irmãos e irmãs, a Quaresma é possibilidade de nos recentrarmos. Pela voz do profeta Joel, na 1.ª leitura, com recurso a uma linguagem directa e incisiva – usando nada mais nade menos 12 verbos no imperativo – Deus diz agora – que é hoje – a todos nós: “Convertei-vos a Mim de todo o coração” e ainda “Rasgai os vossos corações”.
No mesmo sentido, Paulo, na 2.ª leitura, pede-nos em nome de Cristo: “Reconciliai-vos com Deus”.
Por seu turno, Jesus, no Evangelho, lança-nos e elenca-nos como que um programa para este caminho quaresmal: esmola, oração e jejum são exercícios ou três formas concretas de deixarmos que Deus seja o centro deste tempo e da nossa vida neste e em todos os tempos.

3. A Quaresma reveste-se, ainda, de um carácter profundamente simbólico, desde logo pela sua duração. Os 40 dias da Quaresma evocam essa grande travessia do povo hebreu até à terra prometida. A mesma experiência de libertação somos nós desafiados a fazer nestes 40 dias até à Páscoa.
Não é de menor importância começarmos a Quaresma com esta celebração das Cinzas. Elas devem levar-nos a reconhecer aquilo que verdadeiramente somos. Reconhecer que somos pó é, ao mesmo tempo, um convite a vivermos a humildade, com virtude forte deste tempo. Esta deve levar-nos a reconhecer que somos criados, criaturas. Não somos senhores nem criadores de nós próprios.

4. A imagem do deserto é igualmente uma imagem forte da Quaresma. O deserto, mais que um espaço físico, é um tempo psicológico. Colocarmo-nos em deserto significa colocarmo-nos à prova, reconhecendo a nossa não auto-suficiência e consequente dependência de Deus. Neste deserto quaresmal procuramos chegar a esse oásis querido e pretendido que é Deus.


5. Penitência e conversão são também palavras fortes deste tempo. Por elas, somos exortados a reconhecer a nossa fragilidade, a nossa finitude, que somos efémeros, não eternos. Aí chegados poderemos gritar como o salmista: “Pecámos, Senhor, tende compaixão de nós”. Neste mesmo âmbito, surge com especial relevo, o sacramento da Reconciliação, como possibilidade que a Igreja, por meio de Cristo, oferece ao homem pecador que quer fazer e celebrar a festa do encontro amoroso com Deus. Humanamente pode ser difícil entender, mas teologicamente, a Reconciliação – também chamada Penitência ou Confissão – é uma forma magnífica de mostrarmos que o caminho da vida tem pedras que nos fazem cair. Mas, caros irmãos, cair não e mau; mau é ficar no chão e não se levantar nem erguer a cabeça para ir ao encontro do Deus que é Amor.

6. Interioridade é também atitude a exercitar nestes 40 dias. É tempo para dar mais tempo à oração, assim como à escuta da Palavra de Deus, que nos sussurra ao coração e nos desafia à conversão. “Entra no teu quarto”; “Entra no segredo do teu coração”; “Diz não às aparências porque Deus está no secreto, no coração e vê no escondido”. Por isso, é tempo de interioridade.

7. Irmãos e irmãs: Rasguemos o nosso coração e não os nossos vestidos. Demos a Deus o lugar que, por direito, lhe convém, que é o primeiro lugar.
Tudo na Quaresma nos vai apontando o olhar e o coração para o essencial: Cristo, o enviado como Salvador e Redentor. Deixemos que Ele seja o essencial para que volvidos estes dias possamos chegar à sua que é também a nossa Páscoa, já que em Cristo fomos e somos salvos.


JAC

17 de fevereiro de 2010

Quaresma 1.º dia: Começar o caminho reconhecendo o que somos




Quarta-Feira de Cinzas. Início da Quaresma, tempo forte para os cristãos, que responsavelmente preparam a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, mistério central da nossa fé.
Começamos o caminho reconhecendo aquilo que somos. Somos pó, somos cinza, somos terra, somos criatura, não criadores, somos pequenos, frágeis e limitados.
O rito da imposição das cinzas vem recordar-nos que Deus deverá ser o centro da nossa vida. A Quaresma é, assim, a hora da humildade (do latim humus = terra), hora da deixar o egocentrismo e tornarmo-nos teocêntricos e cristocêntricos. Deus vê o escondido e vê o interior. Deus anda pelos segredos do nosso coração…
Isto é conversão, voltar o coração para Deus.
A Quaresma é o tempo em que Deus nos grita “Volta para Mim”, “Volta para Mim de todo o coração e com todo o coração”. “Rasga o teu coração e não os teus vestidos”. Rasga o que te impede de ver Deus, de te encontrares com Ele, de o experimentares…
Que grande oportunidade temos nestes 40 dias santos, de caminho, interior e exterior, de ascese, de arrependimento, de reconciliação, de confissão…

 

Quarta-feira de Cinzas



Sabes, Senhor, que em diversos momentos
Não sou totalmente puro
Porque ajo para ser visto e admirado
Porque procuro o poder, o prestígio, a boa imagem.

Chamas-me a atenção
Para o perigo da falsidade e da mentira
Das artimanhas e dos esquemas
Para agradar apenas os outros.

Sabes os meus erros e as minhas falhas
E vês os escuros do meu coração.

Por isso, peço com humildade,
Coberto de saco e de cinza:
Limpa-me da vaidade e da hipocrisia
E faz-me coerente e verdadeiro.

A isso me proponho também
Neste tempo quaresmal,
Esta nova oportunidade que me dás
Fruto do Teu amor por mim.



 Tanta coisa a mudar na minha vida. Um caminho que me é oferecido como graça, como tempo favorável. Que eu o aproveite, que Deus me dê a graça de o não desperdiçar.




Que a partir de hoje comece já a ser Páscoa, vida nova, na minha vida.


Amanhã reflectimos com a Utilia

16 de fevereiro de 2010

Caminhada da Quaresma

Antes de mais as minhas sinceras desculpas a todos por só agora apresentar a "equipa".

Pelas respostas, a nossa equipa para esta caminhada conjunta fica assim constrituída:
1. José António (não por querer ser o primeiro mas porque me sinto na obrigação de "penar" este atraso e não pedir a ninguém na terça feira às 22h15 (hora actual que estou a escrever) que coloque um texto sobre a quaresma no seu blogue...)
2. Utília
3. Canela
4. Joaquim
5. Gisele
6. Fá menor
7. Dulce
8. Teresa
9. Malu

Então, as "regras" são simples: uma reflexão que nos ajude a um compromisso mais consciente deste tempo forte e favorável. Permitam-me sugerir que a nossa base seja sempre a Bíblia. Como oração, como reflexão, como prece, como pedido, o que quer que seja. Cada um encontrará a melhor maneira de se expressar.

Na medida do possível, gostaria de desafiar a termos em atenção a Mensagem para a Quaresma de Bento XVI, com o tema "A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22)".

No final do post colocar o blogue em que aparecerá a reflexão no dia seguinte. E não me ocorre mais nada a não ser o desejo de que isto nos ajude e ajude muitos a ir ao encontro de Cristo.


E porque a Quaresma vai começar, rezo já:



Ó Deus Pai
Damos-Te graças
Porque nestes dias da Quaresma
És grande e amoroso connosco.
Chamas-nos para reconhecermos a nossa realidade
E voltarmos o nosso coração para Ti.
Confessamos que, como crianças,
Queremos viver de desejos à nossa medida.

Tu, ó Deus de bondade e compaixão,
Gritas e vens ao nosso encontro
Para mudarmos o rumo.

Damos-Te graças
Porque caminhas connosco
Neste tempo de Quaresma
Rumo à Páscoa do Teu Filho.

JAC

13 de fevereiro de 2010

Perfeiro Vazio (Xutos e Pontapés)

Esta é a minha mensagem para este VI Domingo do Tempo Comum. Para além do meu gosto por "Xutos", este texto é magnífico e pertinente em relação à Liturgia deste domingo. Partilho:


Aqui estou eu, sou uma folha de papel vazia
Pequenas coisas, pequenos pontos
Vão-me mostrando o caminho
Às vezes aqui faz frio
Às vezes eu fico imóvel, pairando no Vazio
As vezes aqui faz frio
Sei que me esperas, não sei se vou lá chegar
Tenho coisas p’ra fazer, tenho vidas para acompanhar
Às vezes lá faz mais frio
Às vezes eu fico imóvel, pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
(lá fora faz tanto frio)
Bem-vindos a minha casa, ao meu lar mais profundo
De onde saio por vezes para conquistar o mundo
Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel, pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
No teu peito vazio.


Xutos e Pontapés, “Perfeito vazio”

12 de fevereiro de 2010

Desafio para a Quaresma. Quem aceita?

Olá a todos os que cá costumam passar.
Tenho um desafio mas quero sondar.
À semelhança do que alguns fizemos no Advento, não poderíamos pensar algo do género para a Quaresma?

Uma reflexão, um post, um compromisso, uma citação bíblica, enfim, uma ajuda para todos os que vamos usando estes espaços para que possamos de uma maneira mais empenhada e sempre nova preparar melhor aquele que é o Mistério Central da nossa fé: a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Fico a aguardar contando que, desde já, sozinho ou acompanhado, em empenharei nisso.

até breve

Credo da Família


Cremos em Deus pai,
Filho e Espírito Santo,
Comunidade e lar
de cálido amor,
Que imbuiu de ternura
o universo
E encheu de carinho tudo quanto existe.



Cremos no amor
que brota de Deus,
Cristalino e desinteressado.
Cremos no carinho
que une o homem e a mulher
Nos caminhos da vida.
Cremos no amor que se projecta em cada filho que nasce.

Cremos na Família,
lar de convivência,
Onde se partilha diariamente o pão da unidade,
O acolhimento e o perdão.
Damos graças pelo muito
que nos foi dado
E comprometemo-nos
a tratá-lo como uma semente do amor original de Deus.

Maria, Mãe de Deus


Virgem santa gloriosa
De todas a mais formosa
Entre as mulheres da terra.
Ó santa Mãe de ternura
Imaculada e pura
Nosso canto a Ti se eleva.

No teu ventre, Jesus recebeste
E ao mundo apareceste
Como excelsa Mãe de Deus
Nesta vida, caminhantes
Atentos e vigilantes
Conduz-nos até aos Céus.

Ó Maria Mãe de Deus
Abençoa os filhos teus
Te pedimos nesta hora
E no fim da nossa vida
Senhora amada e querida
Vamos para Ti sem demora.


JAC 2006

6 de fevereiro de 2010

Oração do Abandono

Oração que partilharei com os cristãos neste V Domingo do Tempo Comum, Ano C


Meu Pai,
eu me abandono a Ti, faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim, eu Te agradeço.
Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a Tua vontade se faça em mim
e em tudo o que Tu criastes,
nada mais quero, meu Deus.
Nas Tuas mãos entrego a minha vida.
Eu Te a dou, meu Deus, com todo o amor do meu coração,
porque Te amo,
e é para mim uma necessidade de amor dar-me,
entregar-me nas Tuas mãos sem medida
com uma confiança infinita,
porque Tu és…
meu Pai!


Charles de Foucauld

4 de fevereiro de 2010

Passos da vida


No silêncio de uma oração de joelhos
Peregrino pelos passos da minha vida
Contemplo belos passos já dados
E antevejo muitos outros para dar.

Mas, ressalta não poucas vezes
Passos inseguros e mal dados
Que não me levam para o caminho da luz
Senão para os atalhos das trevas e da escuridão.

Se pelos primeiros dou graças
E peço força para os continuar
Pelos outros peço perdão,
Arrependo-me e levanto a cabeça
E peço ainda mais força para os não tornar a dar.


1.02.2010

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...