30 de julho de 2013

Luz da Fé!


No meio do escuro
não me sinto seguro.
Preciso da luz
que é Cristo Jesus.

Dá-me a luz da fé
a firme confiança.
Dá-me a luz da fé
pra viver com segurança.



http://m.youtube.com/watch?v=zT26-Ydo5TI&layout=tablet&client=mv-google

27 de julho de 2013

Ensina-me a rezar como quem ama. Poema no XVII domingo comum





Jesus ensina-me a rezar,
A falar como quem ama,
A dizer a Quem me chama
Que estou aqui para me entregar.

Quero sempre dizer, por sentir:
Pai Nosso, graças por existir!
O Teu nome hei-de louvar,
Os Teus passos quero seguir.
Perdoar o meu irmão,
Resistir a cada tentação,
Alimentar-me do teu Pão,
E de ti receber a salvação.

Eu sei que tudo posso dar
Porque de Ti tudo recebo...
Contigo no coração sinto e percebo
O inigualável dom de Amar.


Pe. JAC

21 de julho de 2013

A urgência das prioridades! Poema no XVI domingo comum




Tantas horas a correr e a trabalhar,
sequência mecânica de tarefas a cumprir
que não há tempo sequer para ouvir,
palavras que são de Vida eterna
Deus presente, todo Dom, para escutar
e Nele meu coração poder confiar.

Ser discípulo do Senhor
não é agir por obrigação;
É ouvir com o coração
para servir só por Amor.

Escutar mais é a prioridade
deixando de lado o que é urgente
para fazer o que é mais importante.
Não te inquiete aquilo é supérfluo,
serena e inquieta-te com o Amor
nada mais te pede o Senhor.



Pe. JAC

17 de julho de 2013

Uma “trindade” de anos sacerdotais…


 

 
Faz hoje três anos que fui ordenado padre. Deo Gratias!
Hoje, releio e relembro a mim mesmo os propósitos originais e faço o necessário exame de consciência, iluminado pela Luz de Deus, que me faz ver todos os recantos do coração.
 
Assim escrevi, em 2010, dias antes da minha ordenação:
 

“Ciente das dificuldades do ministério presbiteral, num mundo em transformação e em vertigem, mas confiante na graça de Deus, e abandonado nas suas mãos, quero servir a Deus, a Cristo e à Igreja, no serviço oblativo dos irmãos, não dos que se aproximam de mim, mas daqueles de quem me aproximo, isto é de quem me faço próximo, à imagem do bom samaritano do Evangelho.

Escolho para lema do meu ministério sacerdotal a frase dos Actos dos Apóstolos “Recebereis a força do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas até aos confins do mundo”. Em conjunto com os outros colegas diáconos, escolhemos como lema da Ordenação “Tudo faço por causa do Evangelho”.

Condenso nestas duas citações bíblicas o meu desejo e vontade de me entregar todo inteiro a Cristo, que não tem barreiras nem fronteiras. E rezo para que Deus me dê a força de ser fiel, até ao fim. E conto com a vossa oração.”

 


 

E anos antes, ainda no discernimento do Seminário, no meio das Confissões de Santo Agostinho, escrevia e rezava:

 

Caminho de amor

[cf. Santo Agostinho, Confissões, IX, 26,37;27,38]
 

Onde te encontrei
Para te conhecer?
Responder não sei se sei
Mas, um esforço vou fazer!
 
Tu estás acima de mim
E habitas a minha história
A Tua vontade é, assim,
Abarcar minha memória.
 
“Tarde te amei
Beleza tão antiga e tão nova
Porque, Tu estavas dentro de mim
E eu [estava] fora”.
 
Mas, quando Te ouvi
Uma alegria senti
E não a pude guardar
 
Minha vida, decidi,
Entregar-ta só a Ti
Para a poder ganhar!

 


E, por fim, reassumindo cada dia o compromisso de ser transparência de Deus, amando e servindo, agradecendo a todos os que me ajudam a ser sacerdote, releio este “cálice” anónimo da oração sacerdotal:

 
Um sacerdote deve ser simultaneamente pequeno e
grande, nobre de espírito, como de sangue real,
simples e natural, como de raiz camponesa,
um herói na conquista de si mesmo, um
homem que se bateu com Deus, uma
fonte de santificação, um pecador
a quem Deus perdoou, dos seus
desejos o soberano, um
servidor para os
tímidos e os
fracos,

que não
se baixa diante
dos poderosos
mas que

se curva
diante dos pobres,
discípulo do seu
Senhor,

chefe do
seu rebanho,
um mendigo de
mãos totalmente
abertas, um portado
de inúmeros dons, um
homem no campo de batalha,
uma mãe para confortar os doentes,
com a sabedoria da idade e a confiança
duma criança em direcção ao alto, os pés na terra,
feito para a alegria, perito no sofrimento, isento de qualquer
inveja, com perspectivas largas, que fala com franqueza, um amigo
da paz, um inimigo da inércia, fiel para sempre… Tão diferente de mim!

 




 



























 

16 de julho de 2013

A Encarnação. S. João da Cruz




Já que o tempo era chegado
em que fazer-se devia
o resgate da esposa
que em duro jugo servia,
debaixo daquela lei
que Moisés dado lhe havia,
o Pai com amor terno
desta maneira dizia:
- Já vez, filho que tua esposa
à tua imagem feito havia,
e no que a ti se parece
contigo coincidia;
mas é diferente na carne,
que em teu simples ser não havia.
Pois nos amores perfeitos
esta lei se requeria,
que se torne semelhante
o amante a quem queria,
porque a maior semelhança
mais deleite caberia;
o qual, por certo, em tua esposa
grandemente cresceria
se te visse semelhante
na carne que possuia.

Irei buscar minha esposa
e sobre mim tomaria
suas fadigas e dores
em que tanto padecia;
e para que tenha vida,
eu por ela morreria,
e tirando-a das profundas,
a ti a devolveria


(S. João da Cruz)

Pe. JAC

13 de julho de 2013

Amar... Onde quer que seja! Poema no XV domingo comum




O segredo da Palavra de Deus
Não está em ler e bem proferir,
É preciso saber fazer e sentir,
Viver como Vive Jesus.

Conquistar a eternidade
É fruto da liberdade
De amar todo o irmão
Sem qualquer distinção.
Em casa, no trabalho, na igreja,
Na rua, onde quer que seja.

Ao teu lado há alguém a precisar
Que não passes sem parar...
Sê bom samaritano, com compaixão
E entrega-te livre e de coração.

A Vida é como o Amor
Depende de ti para ser melhor...
Está pois no teu coração
O sorriso e a vida de outro irmão.


Pe. JAC

11 de julho de 2013

S. Bento. Nada antepor a Cristo!




Mensageiro da paz, artesão da unidade, mestre da civilização, e principalmente arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no Ocidente – eis os títulos que justificam a fama de São Bento, abade. Numa altura em que o Império Romano estava a chegar ao fim e em que as regiões da Europa se afundavam nas trevas e outras regiões desconheciam ainda a civilização e os valores espirituais, ele permitiu, pelo seu esforço constante e assíduo, que se erguesse sobre este continente a aurora de uma nova era. Foram principalmente ele e os seus filhos que, com a cruz, o livro e a charrua, levaram o progresso cristão às populações que iam do Mediterrâneo à Escandinávia, da Irlanda às planícies da Polónia.
Com a cruz, isto é, com a lei de Cristo, firmou e desenvolveu a organização da vida pública e privada. Convém recordar que ensinou aos homens a primazia do culto divino com o Ofício divino, ou seja, a oração litúrgica e assídua. […] Depois, com o livro, ou seja, a cultura: numa altura em que o património humanista corria o risco de se perder, São Bento, conferindo renome e autoridade a tantos mosteiros, salvou a tradição clássica dos antigos com providencial solicitude, transmitindo-a intacta à posteridade e restaurado o amor pelo saber.
E finalmente com a charrua, quer dizer, com a agricultura e outras iniciativas análogas, conseguiu transformar terras desertas e incultas em campos férteis e jardins graciosos. Unindo a oração ao trabalho manual, de acordo com a célebre injunção «Ora et labora» («Reza e trabalha»), enobreceu e elevou o trabalho do homem. Foi por tudo isto que o Papa Pio XII saudou em São Bento o «pai da Europa».


Paulo VI, Carta apostólica de 24/10/1964 «Pacis nuntius»

Pe. JAC

6 de julho de 2013

Pés a caminho e mãos no arado




Não há tempo a perder
E há muito trabalho a fazer
Porque é grande a seara a cultivar.
Com a beleza e força do verbo "amar".

Não importa quantos são
E por mais difícil que seja o caminho,
Nunca estarás sozinho:
A teu lado está sempre um irmão
A tornar-te mais capaz
De contigo, mundo fora, levar a Paz.

Que não te pese a bagagem
Para poderes, livre, seguir viagem.
Põe os pés ao caminho
E as mãos no arado
E vencerás cada dificuldade
Com a força da simplicidade.

Entrega-te e vive com sublime dedicação
E cheio de alegria vais sentir
Que para ti o Céu há-de vir
E trazer-te Salvação..



Pe. JAC

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...