25 de janeiro de 2014

Resposta de amor. Poema(s) no III domingo comum




Resposta de amor!

Quando Jesus chegou a Cafarnaum
Começou a tocar no coração de cada um.
O escuro das trevas esvaneceu
Com a Luz da salvação que apareceu.

Com o Seu jeito particular
A todos começou a desafiar:
Arrependimento para chegar a salvação
E entrega para ser rosto da missão.

Chamou André e o irmão Simão
Chamou Tiago e o seu irmão João.
E todos com surpreendente coragem
Partiram, livres, para a grande viagem.

Feitos discípulos de Jesus,
Com Ele caminharam pelo mundo,
Anunciaram a Boa Nova de Deus,
Libertaram pessoas de sofrimento profundo.

Quando é que nós vamos ter coragem
De fazer esta viagem?
Quando ouviremos Jesus que nos chama
E responderemos como quem ama?




À tua luz, me converter!

Chamados ao caminho,
Não a estágio.
Assim chama Jesus,
Caminho, verdade, vida e luz!

Ao caminho chamados,
No caminho deixados,
Para o caminho enviados:
Eis a missão dos discípulos!

É na nossa vida quotidiana,
No meio da pesca e da faina,
Que Deus se antecipa e nos chama
Porque primeiramente nos ama!

Jesus vem ter connosco
Antes mesmo de sermos bons!

Deus de surpresas!

Vem para alargar os nossos horizontes mesquinhos
Vem para nos colocar em todos os caminhos
Onde há corações cheios de escuro e de noite!

Deus vê em nós tesouros sepultados,
Vê sementes de bem a amadurecer.
Vem, Senhor, chama-me e ama-me
Para, à tua luz, me converter.


Pe. JAC

23 de janeiro de 2014

Comunicar proximidade! Mensagem do Papa Francisco




Apresento os meus sublinhados da Mensagem do Papa Francisco para o 48. Dia das Comunicações Sociais, com o título «Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»



A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros.

a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.

O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós.

Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».

A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas.


A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria.

Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos.



Leia na íntegra aqui: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/messages/communications/documents/papa-francesco_20140124_messaggio-comunicazioni-sociali_po.html

Pe. JAC

18 de janeiro de 2014

Alegria à periferia. Poema no II domingo comum




João baptizou Jesus,
O cordeiro de Deus,
Que tira o pecado do mundo.

Agora vê com olhar mais profundo
Aquele que vem trazer a salvação,
A Luz que alumia terra e céus.

Porque vê, João dá testemunho
E ao mundo inteiro anuncia
A boa nova da alegria.

Aquele que vê Cristo
Não o guarde para si,
Comunique-O aos demais.

Jesus é o Filho muito amado,
No Espírito Santo baptizado
E nós Nele, amados, baptizados:
Ousemos levar esta alegria
A quem não vive no centro
E habita na periferia.


Pe. JAC

16 de janeiro de 2014

Diga "33" (os anos da minha vida!)

 
Fazer anos é coisa boa!
Não me assusta nada, não me causa calafrios. 
E se pudermos festejar aniversários com alegria, com confiança e, se possível, com bom humor, melhor ainda.
É assim que me sinto neste ano de 2014 ao celebrar 33 anos de vida.
Quero celebra-los com bom humor.
Pensei eu: faço 33 anos, no dia dos Santos Mártires de Marrocos e estou na paróquia da Glória. Será que é hora da Cruz?
E conclui: sim, vou para a Cruz. Cada dia, com confiança! Sim, vou para Aquele que na Cruz é fonte de salvação para todos e que dá a vida toda a todas as vidas. Sim, vou abraçar Aquele que na Cruz já me abraçou.
 
Neste dia, quero também abraçar todos os que, nos caminhos da vida, me vão ajudando a viver com alegria, com confiança e com bom humor.
 
Sim, a Vida sorri-me! Sim, porque Deus sorri(-me)!
Sim, digo com orgulho: 33!
 
Obrigado!
 

 
Gotas de vida!
 
Escorre pela vidraça 
Uma gota minúscula 
Como uma vida que passa
Uma vida maiúscula.
 
A vidraça reflete luz,
Um pequeno pormenor.
Não é uma pequena luz
É a luz maior.
 
Passa a vida, 
Como um rio,
Uma luz,
Uma gota.
 
Sim, passa a vida.
Passa e marca!
 
Porque "a coisa mais divina 
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais".  (Vinicius de Moraes)
 

15 de janeiro de 2014

Não percamos o ideal do amor fraterno!





1. Confesso que de entre as semanas de oração promovidas em Igreja, por diversas intenções ou causas, a Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos é das minhas preferidas. Preferida porque é muito séria a causa, muito pertinente e grave a questão. Porque é o maior escândalo que provocamos: viver de costas voltadas, desunidos, como se Cristo estivesse dividido.
Tenho para mim que a divisão é o maior pecado de qualquer igreja ou confissão. Ainda mais no seio das confissões cristãs.
Por isso, considero que, apesar de não ser das causas mais mobilizadoras na nossa oração, rezar pela unidade, pessoal e comunitariamente, é absolutamente fundamental, porque nos modela o coração ao jeito de ser de Cristo.

2. Todavia, corremos o risco de, nesta oração pela unidade, rezarmos pela "conversão" dos outros, a fim de que eles se façam como nós, iguais a nós e aceitem as nossas ideias mudando as suas.
Se eu não for capaz de rezar pela minha conversão à unidade, valerá rezar pela unidade? Se eu não der o passo, as mãos e o coração para a unidade, a fraternidade, a tolerância, que fruto resultará da minha oração? Se a construção da unidade, que não é uniformidade, não começar pelos meus pequenos gestos quotidianos, que frutos de unidade espero conseguir?

3. O tema desta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é tirado da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios: "Estará Cristo dividido?".
E é bem ao centro do nosso coração que se dirige a pergunta paulina. Paulo arrasa os coríntios porque romperam a unidade da comunidade distorcendo a boa nova, o evangelho de Jesus. E nem os que se colocavam do lado de Cristo foram louvados, porque usaram o nome de Cristo para se separarem dos demais.
E nós, não somos assim tantas vezes, no seio das nossas comunidades, pequenas ou grandes, e entre comunidades? Onde devia haver comunhão, comunidade, não há tantas vezes discórdia e inimizade?


4. São variados os alertas que nos chegam do Papa Francisco. A ter seriamente em conta.
Só elenco quatro números da exortação apostólica "Evangelii Gaudium":
"Dentro do povo de Deus e nas diferentes comunidades, quantas guerras! No bairro, no local de trabalho, quantas guerras por invejas e ciúmes, mesmo entre cristãos!" (n. 98)
"Aos cristãos de todas as comunidades do mundo, quero pedir-lhes de modo especial um testemunho de comunhão fraterna. Que todos possam admirar como vos preocupais uns pelos outros. Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto! Peçamos a graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de todos." (n. 99)
"Dói-me muito comprovar como nalgumas comunidades cristãs, e mesmo entre pessoas consagradas, se dá espaço a várias formas de ódio, divisão, calúnia, difamação, vingança, ciúme, a desejos de impor as próprias ideias a todo o custo, e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas. Quem queremos evangelizar com estes comportamentos?" (n. 100)
"Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do amor. Que bom é termos esta lei! Rezar pela pessoa com quem estamos irritados é um belo passo rumo ao amor, e é um acto de evangelização. Façamo-lo hoje mesmo. Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!" (n.101)

5. Que esta semana de oração pela unidade nos leve a viver em estado de conversão. Para que sejamos arquitectos de unidade, construtores de fraternidade. E Francisco, o Santo e o Papa, nos façam trilhar, com alegria, este belo e bom caminho.

(Texto de opinião sobre a semana de oração pela unidade dos cristãos publicado no Correio do Vouga)


Pe. JAC

12 de janeiro de 2014

O agrado do Pai! Poema na festa do Baptismo do Senhor




Jesus, Filho de Deus Pai, o Senhor,
Foi ao rio Jordão
Pedir o baptismo a João.

Ele que não tinha pecado
Fez-se igual ao pecador
E mostrou todo o Seu amor
Não em acto, mas em estado!

E quando João baptizou Jesus
E o Espírito Santo O inundou,
O alto Céu abriu-se e falou,
Na clareza duma definida Luz,
Com toda a ciência e transcendência:
Jesus tem do Pai toda a complacência.

E nós temos pelo Filho muito amado
Do Pai todo o enlevo e todo o agrado.


Pe. JAC

4 de janeiro de 2014

Epifania do Senhor. Dois poemas




Epifania

Guiados na noite escura
Vão os magos à procura.
A estrela lhes anuncia
O lugar de Jesus, de José e de Maria.

No caminho surgem contratempos
Tempestades, desertos, marés e ventos.
A luz que do alto brilha e alumia
Enche de segurança, de paz e de alegria.

Ó mistério de amor admirável
Deus tão pequenino e tão frágil,
Nascido para ser do mundo a luz.

Ofertamos, sem cessar, nosso coração,
Fazemos dele símbolo da gratidão
A Deus Menino, Cristo Jesus.



Epifania de Deus

Nasceu em Belém o Menino Jesus
Anunciado aos magos por uma luz.
Luz de uma beleza cintilante
De uma estrela especialmente brilhante.

A caminho de Belém
Encontraram o rei Herodes
Que pediu toda a informação
Daquele que dizem ser a Salvação.

Fizeram-se novamente à estrada
Seguindo confiantes a estrela.
Quando viram de Deus o presente,
Aquele Menino de ternura resplandecente,
Prostrados rezaram,
Com fé adoraram,
E ao Menino que é do mundo o tesouro
Ofereceram mirra, incenso e ouro.

De coração cheio, a transbordar,
Com a história da vida para contar,
Sem passar por Herodes, os magos voltaram
Para sempre mudados por Aquele que adoraram.



Pe. JAC

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...